Para pensar

Se tem solução, porque preocupar?

Se não tem solução, porque preocupar?

Dalai Lama

Dalai Lama

por Administrador do Blog Postado em Budismo

PRESENTE DE INSULTOS

Perto de Tóquio, no Japão, vivia um grande samurai já idoso que agora se dedicava a ensinar o zen-budismo aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

– O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos continuam pertencendo a quem as carregava consigo. Certa tarde, um guerreiro – conhecido por sua total falta de escrúpulos – apareceu por ali. Era famoso por usar a técnica da provação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos – ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas, fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se. Desapontados pelo fato que o mestre aceitara tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:”Como o senhor pode suportar com tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?” – Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?, perguntou o samurai. – A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos alunos.

por Administrador do Blog Postado em Budismo

Ensinamento de Buda

“Aquele que experimentou a verdade, a iluminação, o nirvana é o mais feliz de todos os seres.
Acha-se livre de todos os complexos, obsessões, aflições, medos e tormentos.
Sua saúde mental é perfeita.
Não se arrepende do passado nem se preocupa com o futuro, mas vive completamente no presente.
Portanto, aprecia todas as coisas e desfruta delas no sentido mais puro, sem autoprojeções.
É feliz, desfruta de vida pura, suas faculdades estão satisfeitas, está livre da ansiedade, é sereno e pacífico.
Por estar livre de todos os desejos egoístas, do ódio, do ressentimento, do orgulho, assim como de outras máculas similares, é puro e não tem manchas que aviltam o seu viver, está repleto de amor universal, compaixão, bondade, simpatia, compreensão e tolerância.
Convive com seus semelhantes, com a maior de todas as atitudes – a pureza, pois não pensa só em si.
Não busca nenhuma satisfação, não acumula nada.
Ao contrário, distribui seus bens interiores; os pensamentos que são sempre divinos são repartidos igualmente com todos os seus semelhantes.
Está livre da ilusão de um “eu”, da sede que tudo gera e do vir-a-ser.
Seu viver é uma constante integral.
Completa união com a vida, com o que vive: seja do reino animal, vegetal ou mineral.
Há uma consonância, uma correspondência entre o que fala e o que vive.
Seus exemplos espelham um viver são e feliz que enriquecem interiormente aqueles que com ele aprendem.
Sua bandeira é a verdade e com ela ilumina o mundo e as pessoas sentem-se felizes com sua proximidade.
Seu ensinamento é o verdadeiro caminho que, ao trilhado, torna os homens mais próximos da integridade de tudo.”
A Sabedoria de Sidarta – O Buda. por Antonio C. A Rocha.
por Administrador do Blog Postado em Budismo

Ensinamento de Buda

“Osho diz que o ensinamento de Buda, o supremo de todas as religiões, está pautado basicamente numa palavra: Tathata. Tathata significa “aceitar aquilo que é”, porque não há diferença entre você e o que está acontecendo.
 
De fato, seria muito significativo se você aplicasse este ensinamento no seu dia a dia… “Caí e machuquei o joelho.” – Tathata! Eu sou o joelho machucado, a queda, a observação do evento e o evento, sem separação. “Estou com fome, mas não tem o que comer.” – Tathata! “Estou com fome e tenho o que comer.” – Tathata! “Comi mais do que precisava” – Tathata! “Não consigo dormir.” – Tathata! “Não consigo acordar.” – Tathata!
 
Aceitar aquilo que é, significa que o que quer que seja que esteja acontecendo, é exatamente o que está acontecendo e não há nada contrário a isso, porque é você acontecendo. Porém, digamos que você esteja a brigar, Tathata, aceite isso também. Não julgue absolutamente nada do que está acontecendo.
 
Um bom grau de maturidade é o único requisito para que você entre amorosamente neste segredo. Se você precisa de um mantra, faça de “Tathata” o seu mantra. Diariamente: “Tathata, tathata, tathata, tathata” – aceitação é uma chave para a liberdade. Compreenda isso e, aos poucos, verá que tudo a sua volta vai mudando, porque você já não é mais o mesmo.
 
Existe paz até na briga, mas isso está além da mente, não pode ser compreendido através da mente. A mente é dual. Segundo a mente, para existir uma coisa, a outra deve ser excluída. Mas não é assim que funciona. Não estamos aqui falando da paz que existe em oposição ao conflito. Essa é a “paz” da mente. Estamos aqui em nome da Paz que não existe em oposição a nada ou, ainda, a Paz onde tudo mora.
 
A briga da mente existe devido a alguma intransigência imatura em ocorrência. E, se é imatura, essa intransigência, não há como amadurecê-la enquanto ela permanecer imatura. Neste caso, espera. Simplesmente rejeite o julgamento em relação a si mesmo, que diz isso não deveria estar acontecendo. Se o corpo-mente se encontra num estado de combate ou de êxtase: Tathata! Tudo é o que é.”
 
Fonte: Internet – Satyaprem
por Administrador do Blog Postado em Budismo

Uma lenda Hindu

Conta uma velha lenda hindu que outrora todos os homens eram deuses, mas abusaram de tal modo da sua natureza divina que Brahma, o Senhor dos deuses, decidiu retirar-lhes esse poder divino e escondê-lo em lugar onde lhes fosse impossível encontrá-lo. O problema, contudo, era encontrar esse esconderijo. Brahma convocou, pois, todos os deuses menores a fim de resolver este problema, e a sugestão que eles lhe deram foi enterrar a divindade do homem bem no fundo da terra. Mas Brahma respondeu-lhes que isso não seria suficiente pois o homem escavaria a terra e acabaria por reencontrar a sua natureza divina. Então os deuses sugeriram que se atirasse para o fundo do mar a natureza divina do homem. E de novo Brahma lhes respondeu que, mais tarde ou mais cedo, o homem exploraria as profundezas do mar e a recuperaria. Os deuses menores já não sabiam que outros lugares poderiam existir, quer na terra quer no mar, onde o homem não conseguisse chegar um dia. Então Brahma disse: “Vamos fazer o seguinte com a natureza divina do homem: vamos encondê-la bem no fundo de si mesmo, pois será esse o único lugar onde o homem nunca a irá procurar.” E desde esse dia, segundo conta a lenda, o homem tem percorrido e explorado o mundo, subido às montanhas mais altas e descido às grandes profundezas da terra e do mar, sempre à procura do que está dentro de si próprio

A pessoa nunca é o sujeito

Maharaj: A pessoa nunca é o sujeito. Você pode ver uma pessoa, mas você não é a pessoa. Você é sempre o Supremo que aparece em um dado ponto do tempo e do espaço como a testemunha, uma ponte entre a pura consciência do Supremo e a multifacetada consciência da pessoa.

Pergunta: Quando eu olho para mim, descubro que eu sou várias pessoas lutando entre si para a utilização do corpo.
Maharaj: Elas correspondem às diversas tendências (sanskaras) da mente.
Pergunta: Eu posso criar a paz entre elas?
Maharaj: Como poderia? Elas são tão contraditórias! Veja-as como são – simples hábitos de pensamentos e sentimentos, leques de memórias e anseios.
Pergunta: No entanto, todas dizem ‘eu sou’.
Maharaj: Apenas porque você se identifica com elas. Uma vez que você percebe que o que quer que apareça diante de você não pode ser você mesmo, e não pode dizer ‘eu sou’, você fica livre de todas as “pessoas” e de suas exigências. O senso de ‘eu sou’ é próprio de você.
Não é possível separar-se dele, mas você pode conectá-lo a qualquer coisa, como ao dizer: “eu sou jovem”, “eu sou rico” etc. Mas tais auto-identificações são manifestamente falsas e causa de escravidão.
Pergunta: Eu posso agora entender que não sou a pessoa, mas aquele, que quando refletido na pessoa, lhe dá um senso de ser. Agora, e a respeito do Supremo? De que forma me conhecer como sendo o Supremo?
Maharaj: A fonte da consciência não pode ser um objeto na consciência. Conhecer a fonte é Ser a fonte. Quando você percebe que você não é a pessoa, mas a pura e calma testemunha, e que aquela consciência sem medo é o seu próprio Ser, você É o Ser. É a fonte, a inesgotável possibilidade.
Pergunta: Existem muitas fontes ou uma para todos?
Maharaj: Isso depende de como você olha para isso, a partir de que ponta. Os objetos do mundo são muitos, mas o olho que os vê é um. Aquilo que é mais alto sempre aparece como um para o que é mais baixo e o mais baixo como muitos para o mais alto.
Pergunta: As formas e todos os nomes são todos de um e mesmo Deus?
Maharaj: Mais uma vez, tudo depende de como você olha para isso. No nível verbal tudo é relativo. Absolutos deveriam ser experimentados, não discutidos.
Pergunta: Como o Absoluto é experimentado?
Maharaj: Não é um objeto a ser reconhecido e armazenado na memória. Em vez disso, está no presente e no sentimento. Tem mais a ver com o ‘como’ do que com o “o quê”. Está na qualidade, no valor; sendo a fonte de tudo, está em tudo.
Pergunta: Se é a fonte, por que e como é que ela se manifesta?
Maharaj: Ela dá a luz à consciência. Todo o resto está na consciência.
Pergunta: Por que existem tantos centros de consciência?
Maharaj: O universo objetivo (mahadakash) está em constante movimento, projetando e dissolvendo inúmeras formas. Sempre que uma forma é infundida com a vida (Prana), a consciência aparece através do reflexo da consciência na matéria.
Pergunta: Como é o Supremo afetado?
Maharaj: O que poderia afetá-lo, e como? A fonte não é afetada pelos caprichos do rio, nem é o metal afetado pela forma da jóia. A luz é afetada pela imagem na tela? O Supremo torna tudo possível, isso é tudo.”

Deseje apenas o que está dentro de você

Parece absurdo, paradoxal, ilógico: Deseje apenas o que está dentro de você. Desejamos, basicamente, aquilo que não está em nós. Desejar significa querer algo que não está em nós. Se já estivesse em nós, qual seria então a necessidade de desejá-lo?

Nós nunca nos desejamos tal como somos. Sempre desejamos algo mais. Ninguém deseja a si mesmo; não há necessidade. Você já é isso; não está faltando nada. Você deseja aquilo que está faltando.

O sutra diz: Deseje apenas o que está dentro de você – por muitas razões. Em primeiro lugar, se você desejar algo que não está dentro de você, poderá obtê-lo, mas ele nunca será seu. Não pode ser. Na verdade, você nunca poderá ser o senhor dele; tornar-se-á apenas um escravo. O possuidor é sempre possuído por suas posses. Quanto maior a quantidade de coisas possuídas, maior a escravidão criada.

Você é possuído por suas posses e deseja ser o senhor. A frustração se inicia porque toda a sua esperança foi frustrada. Você chega a um ponto no qual as coisas que desejava estão presentes, tudo o que você desejou aconteceu, mas você se tornou o escravo. Agora, o reino parece ter se tornado uma prisão, e tudo o que você possui, ou pensa possuir, não é realmente possuído, pois lhe pode ser tomado a qualquer momento. Mesmo se ninguém o tomar, a morte certamente o tomará.

Na terminologia religiosa, aquilo que pode ser tomado pela morte não lhe pertence. A morte é o critério. Há apenas um critério para julgar se você realmente possui alguma coisa. Julgue levando em consideração a morte, e veja se você ainda possuirá aquela coisa após a morte. Se a morte a tomar de você, você nunca a possuiu. Era apenas uma ilusão.

Há algo que a morte não lhe pode tirar? Se não há nada, então a religião é inútil, sem sentido. Mas há algo que a morte não pode tomar, e esse algo está oculto dentro de você. Você já o possui. Se a possuísse, ela poderia ser tomada.

Você é ela; ela é o seu próprio ser. É a sua própria base, sua existência. É isso que é chamado de atman. Atman significa aquilo que você já é. Ninguém pode tomá-lo de você; nem mesmo a morte pode destruí-lo. O sutra diz: Deseje apenas o que está dentro de você. Deseje o atman, deseje seu eu mais profundo, deseje o centro que você já possui, mas do qual se esqueceu completamente.

Por que o homem se esquece? Isso é uma necessidade. Para sobreviver, precisa-se prestar atenção ao mundo exterior. Para sobreviver, existir, permanecer vivo, você precisa continuar prestar atenção às coisas: comer, abrigar-se. O corpo necessita de atenção. Ele fica doente, está propenso a sofrer. O corpo está continuamente se esforçando para sobreviver, porque, para o corpo, há morte. O corpo está em constante luta com a morte; portanto, uma atenção permanente deve ser dada a ele.

O corpo sempre se encontra em estado de emergência, porque a morte pode ocorrer a qualquer momento. Você precisa estar ininterruptamente atendo e consciente acerca dessa luta contra a morte; portanto, toda a sua atenção se move para o exterior. Não sobra nenhuma energia para se mover para dentro. Trata-se de uma necessidade de sobrevivência. Por esse motivo, continuamos a esquecer que existe dentro de nós um centro imortal, um centro eterno, um centro de bem-aventurança absoluta.

A dor atrai a atenção; o sofrimento atrai a atenção. Se você está com dor de cabeça, sua atenção se dirige para a cabeça; você se torna consciente de que possui uma cabeça. Se não há dor, você se esquece de sua cabeça. Torna-se sem cabeça – como se você não tivesse cabeça.

O corpo é sentido apenas quando está doente. Se seu corpo está absolutamente saudável, você não o sente. Você fica leve. Na verdade, você se torna incorpóreo. Esse é o único critério da autêntica saúde: o corpo não é absolutamente sentido. Sempre que o corpo é sentido, significa que há alguma doença, algum distúrbio. Sua atenção é reclamada.

Há tantos problemas oriundos do exterior que sua atenção está constantemente ocupada com ele. Por isso, você se esquece de que alguma coisa existe exatamente no centro do seu ser, alguma coisa imortal, divina, bem-aventurada. O sutra diz:

Deseje apenas o que está dentro de você.

 

…Pois dentro de você está a luz do mundo – a única luz que pode iluminar o Caminho. Se você é incapaz de percebê-la em seu interior, é inútil procurá-la em outra parte.

BUDDHA